segunda-feira, 16 de maio de 2011

As ambulancias ecoam enquanto as cordas tenta sair. O metro passa e as pessoas vão e vêem. Para trás para lá. As vozes são roucas. Agudas. Magras. Silenciosos. Despercebidos eles sempre passam por mim. E eu só vejo as barreiras entre nós. Caminho sempre em frente até deixar de as ver. Elas sempre passam por mim a grande velocidade. Imagem distorcida pela velocidade da imagem. Sao obliquas e agora fantasmagóricas. Live the horror here. Live it. As emoções. Sensações. Entro num autocarro e não me lembro o que estou ali a fazer. Agarro-me aos varões porque vejo toda a gente a fazê-lo! Forget the horror here. Saio a seguir. Ruas. Som barulho e uma explosão de emoções dentro de mim. Que ânsia de atingir qualquer um propósito. E estou ali. Sem propósito algum. Só sinto os instinctos. Ouço som melódico. Ouço uma voz máscula meiga. Suave. É um chapeleiro a tocar no chão á chuva. Numa esquina. proferindo "youll get better". Moedas. Meto as mãos aos bolsos. Eu devia de ter dinheiro. Chuva. A minha unica ideia era fugir dos prédios. Só sabia que tinha de fugir deles porque ali não era a minha casa. Minha casa. Onde é minha casa?! Fugi todos os dias seguintes. Faminto e sujo. Fade and return. Onde vou!? Desmaiei num canto. Esfomeado. Quando abri os olhos lá estava aquela velhinha de olhos verdes enormes olhando para mim. Dizia Pedro. Pedro. Pedro. Casa?

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