quinta-feira, 23 de julho de 2009

chopin radiohead queen nirvana manu chao aaron vivaldi pavarotti metallica michael jackson muse anathema blind guard

um sussurro de um piano velho de teclas amareladas ouve-se por entre a penumbra de uma noite de domingo chuvoso o uivo dos cães rafeiros incomodam a nostálgica cidade que se esconde por entre o denso nevoeiro os meus olhos curiosamente vagueiam pelas teclas amareladas as mais graves sem duvida em significado ora de tristeza ora de vazio pensei eu comecei a correr e o meu fôlego era audivel por entre os boques húmidos e assombrados a minha pulsação precisava de arrebentar e se libertar completamente o som perseguia os meus pensamentos que nem um abutre esfomeado e malvado eu conseguia ouvir as notas graves o dó acompanhava o ligeiro vento e a minha leiga intuição diz-me que para parar e deixar que ele me possuísse foi aí que ouvi com nitidez o Si e o Lá que me davam esperaça NAO não era esperança mas sim conformismo por uma verdade inquietante os fantasmas agora tocavam no velho piano uma melodia eterna para que eterno se tornasse aquele momento por criaturas eternas e frustradas aqueles fantasmas usavam o Lá com tamanha intensidade que o velho piano quase se esquecera de como era a sensação de ser fulminante e aterrador mas a melodia tendia a sentimentos tenebrosos mas eu estava presa naquele momento nada no meu corpo me se mexia os meus olhos estavam estáticos e dissolvidos naquela imagem pálida fantasmagórica voltei a correr por entre o bosque em busca das respostas urgentes mas não existia ninguém só o nevoeiro me acompanhava e lá longe o Dó me empurrava para a negrura e arrependimento voltei a trás e procurei aquele piano não queria mais procurar respostas as quais ninguem compreende ninguem se preocupa ou busca deixei que o negro verde da floresta engolisse a verdade para ninguem a questionasse jamais sentei me e deixei as emoções tomarem conta da minha alma para sempre e os meus dedos tocavam dó dó e SI e LÁ LÁ e dó e dó e dó e dó....